The Global Gender Gap Report 2010 e Mulheres em Portugal.




Foi recentemente publicado pelo World Economic Forum o relatório inerente às questões do Género  perante as boas práticas económicas transnacionais a tomar em consideração com vista à igualdade de oportunidades e de desenvolvimento e estabilidade económica.

Os países nórdicos ocupam os lugares cimeiros da tabela no que respeita às práticas de Género aplicadas à economia.

A Islândia figura no topo deste ranking , um lugar cimeiro que deveria de ser muito bem avaliado e replicado, pois só assim se poderá alcançar a devida paridade.


                                                      gendergap2010_rankings

Os principais Indicadores que são utilizados para medir os níveis de desigualdade  verificados nas politicas de Género que envolvem os diversos espaços intersectoriais ,  presentes nos diversos  territórios analisados são os seguintes

1- Participação Económica e Oportunidades no acesso aos lugares de topo.

2- Nível Educacional  em termos de acesso e  frequência  ao ensino médio e superior.

3- Empowerment politico em termos de participação paritária. 

4- Saúde e esperança de Vida em termos de rácio entre sexos.

Este relatório está indexado a 134 países,  e a representação este ano por parte de Portugal, teve a presença da Secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, que referiu o seguinte relativamente à posição de Portugal no citado relatório:

“É uma boa notícia para Portugal este relatório, em que Portugal sobre 14 posições” e ainda  "É muito importante e muito bom as nossas políticas serem reconhecidas internacionalmente" read more about ...  

No entanto o paradigma de Portugal reside no facto , de que apesar da vantagem em termos Europeus de superioridade Estatística (Cfr.  figura 1)  relativamente ao numero de Mulheres com habilitação superior académica ( universitária e cientifica) ocupa nesta tabela uma posição melindrosa de nº 32 no supra mencionado ranking comparativamente a Espanha que ocupa uma posição de 11º lugar. 


                                                                              figura 1


  1. Os resultados apurados, sugerem que se tomem em consideração e se promovam medidas para reverter esta lacuna que persiste na forma desigual em que se mantêm as Mulheres Portuguesas ( altamente qualificadas ) e severamente penalizadas por "omissão" da sua presença como parceiras sociais activas e de forma paritária, talvez se encontre aqui neste espaço "híbrido"   o ponto de alavancagem e reestruturação  do  motor económico português, dado ser por todos  conhecido o facto de que as mulheres trabalham para superar desafios e não para alcançar objectivos, factor este que supõe ser o grande diferencial entre  uma gestão inovadora e estável e outros modelos arcaicos de gestão que se encontram em declínio.


Neste sentido seria interessante comparar os resultados obtidos pelo relatório produzido pela Coligação Global Anti corrupção, onde se podem obter dados através do seguinte mapeamento do Corruption Perceptions Index.

  



Com referencia a esta database , seria útil fomentar  um estudo comparativo entre os países,  menos percepcionados pelos cidadãos relativamente ao índice de corrupção sentido pelos mesmos e o nível de participação das Mulheres nos vários sectores sociais, muito provavelmente algumas conclusões "optimistas " resultariam desta analise profunda aos Modelos de Governação que enquadram os referidos países, esta será uma interpretação a fomentar em breve, para a implementação de medidas relacionadas com a manutenção da paridade das Mulheres em Portugal nos diversos planos sectoriais e respectivos lugares de decisão , onde a sua expressão apenas é notória pela sua manifesta ausência.  

Urge desta forma uma participação activa e paritária das Mulheres em todos os sectores sociais , para este efeito será necessário proceder a uma transição de Modelos Societais onde as Mulheres assumam o papel de agentes próactivos para além das blindadas medidas residuais nas normativas e que as próprias  se consciencializem de que a sua participação é tão necessária quanto urgente e eficaz por forma a reformular todas as medidas a aplicar num futuro próximo que se pretende de estabilidade e de qualidade de vida assegurada a tod@s os cidadã@s, visando o progresso do pais como referencial de excelência worldwide.

Fica o desafio e aguardamos o sério e motivado empenho de todas as companheiras nesta nova fronteira  social que deverá devolver a Portugal o seu sentido de pais de  Explorador@s , desta vez rumo à perfeita sintonia e igualdade social em plataforma colaborativa com todos os pares sociais, só desta forma se poderão neutralizar os impactos e forças adversas, já que a participação activa e em permanência das Mulheres na construção social do pais reveste antes de mais um dever e um direito adquirido por via da Constituição da Republica Portuguesa, expresso por via do Artigo 13.º Princípio da igualdade cujo texto é o seguinte :

1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei. 

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Assim , e dado que Portugal possui uma das mais avançadas Constituições do Mundo em termos de matéria de Igualdade , mas por outro lado as práticas  visando a sua correcta aplicação ainda são pouco visíveis, convocam-se todas as Mulheres Portuguesas a oferecer o seu contributo para a devida mudança que se espera no futuro próximo para a construção de um Novo Portugal , com as Mulheres Portuguesas a usufruírem de uma participação igualitária   Progressista. 

É para  lá que vamos , é para um novo Portugal Igual!!


Até já . 
 

 

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